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domingo, 7 de setembro de 2014

Marina Silva: A Sedução do Poder


DOS SERINGAIS DA AMAZÔNIA PROS BRAÇOS DE NECA SETÚBAL (ITAÚ-UNIBANCO)






O poder corrompe. E o poder absoluto corrompe absolutamente.
                                                                           Voltaire, filósofo francês


E a sede de poder, quando se une à vaidade, à inveja e ao sentimento de revanchismo e de vingança, aí, então, a mistura pode ser catastrófica. Luz vermelha acesa.

A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente do governo do Presidente Lula, a partir do momento em que ganhou a cabeça de chapa do PSB à Presidência da República, com a morte trágica do então presidenciável Eduardo Campos, literalmente virou a casaca, como se diz, mudando de lado, da água pro vinho e da água pura dos rios e corredeiras da Amazônia para um verdadeiro esgoto.

Não é novidade o profundo ressentimento (e até ódio) que Marina sente por Dilma, preterida por Lula na escolha para sucedê-lo. Marina, que se achava candidata natural ao posto, uma espécie de "Lula de Saias", foi posta de lado pelo Presidente, que preferiu Dilma, então ministra da Casa Civil e braço direito de Lula.

Marina saiu do governo, saiu do PT, entrou e saiu do PV, onde arrumou encrenca, fracassou na criação do Rede Sustentabilidade, sua "menina dos olhos", pois não conseguiu 500 mil assinaturas para o registro.

Como candidata pela "Nova Política" (a política sem política), Marina Silva, em suas entrevistas, declarações e debates da campanha, vem mostrando um lado astuto, cínico, hipócrita, pérfido, que todos desconhecíamos. Lembra assim os psicopatas invejosos e vingativos, que obsessivamente concentram todos os seus esforços para derrotar e se possível destruir suas vítimas, de quem não perdoam o brilho.

Marina quase sempre se comporta como uma enguia, inclusive nos debates, descaradamente, diante de milhões de brasileiros, quando vira uma "coisa pegajosa", gelatinosa, "escorregando" das perguntas incômodas, deslizando, serpenteando, e raramente respondendo devidamente, de forma clara e objetiva, o que lhe foi indagado. 

Por outro lado, não é difícil notar que é um tanto rasa, tosca, infantiloide, nas besteiras que profere vindas de um pensamento obtuso. E também no lado "coitadinha" que cultiva, na vitimização que vira-e-mexe ela utiliza para não se posicionar sobre algo. Esse expediente é usado deliberadamente. Ela é perversa. 

O que nós, cidadãos brasileiros, podemos esperar de uma mulher que nasceu politicamente nas lutas renhidas dos povos da floresta, nos duros embates dos despossuídos, se ensopando tantas vezes sob as torrenciais chuvas amazônicas, pés descalços, amassando barro, aguerridamente defendendo ideais, e de uns tempos pra cá vem se deixando deslumbrar pelos holofotes dos prêmios internacionais (alguns concedidos pela realeza europeia), pelos salões requintados onde é tratada como rainha pela aristocracia das finanças, pelos almoços e jantares e chás da tarde promovidos pela amiga "educadora" (!!!) Neca Setúbal (Itaú-Unibanco)?

O que o Brasil tão complexo, com sua dolorosa e infame desigualdade social, amenizada um pouco por Lula e Dilma, o que esse Povo Brasileiro pode esperar da menina pobre do Acre, companheira de luta de Chico Mendes, que hoje mora em apartamento cedido por empresário do agronegócio, situado no chiquérrimo bairro da Vila Nova Conceição, São Paulo, que esqueceu os coitadinhos dos bagres e hoje degusta salmão com ervas finas, se deixando seduzir pelas "carruagens de luxo", rapapés e salamaleques de supostos súditos? 

É preciso estrutura emocional e grandeza interior para fazer essa passagem sem se deixar deslumbrar e confundir com tanto poder e vacuidade, mantendo as raízes e os valores pelos quais se lutou a vida toda. E também é preciso, claro, o velho e bom caráter.

Maria Antonieta, a Rainha Louca da França, a cujo povo faminto mandou dizer que comesse brioches, teve o fim trágico que conhecemos: a degola.

Se Marina Silva chegar ao Palácio do Planalto, no descalabro que pode advir em seguida, com desemprego e recessão, talvez mande o povo comer petit-gatêau ou creme brûlée...

(Se me mandar comer alguma coisa, aviso que prefiro goiabada cascão com queijo mineiro ou banana caramelada...)


Não foi para este desfecho que a moçada saiu às ruas nas Jornadas de Junho...



Pompa e circunstância

Maria Antonieta, a Rainha Louca de França. Perdulária e promíscua, alheia ao sofrimento do povo, morreu guilhotinada em 1793. 



* Artigo de Sônia Amorim, ativista, escritora e blogueira na cidade de São Paulo, editora dos blogs "Abra a Boca, Cidadão!" (há 4 anos no ar) e "Psicopatas".

Leia mais sobre a iniquidade sem tamanho que pode se abater sobre o Brasil na nova mídia, nos blogs e sites que mostram o que a velha e golpista mídia esconde: Iijolaço, O Cafezinho, Diário do Centro do Mundo, Jornal GGN (Luis Nassif), Conversa Afiada, Brasil 247, Paulo Moreira Leite (IstoÉ) e outros.

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