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sábado, 30 de agosto de 2014

Salvadora da Pátria, Marina Silva é o "Collor de Saias"


GOLPE EM ANDAMENTO - O BRASIL À BEIRA DO ABISMO



O analfabeto político, conceito criado pelo poeta e dramaturgo alemão Bertolt Brecht (leiam!), se orgulha de não gostar de política e, não gostando, se vangloria de não participar da vida política de seu país, ignorando que o emprego, o salário, o aluguel, os juros do cartão, os preços na feira e no supermercado, a criminalidade, a prostituição, as drogas e demais questões da vida em sociedade são determinados pela política e políticos, por aqueles que estão no poder.

Mas o analfabeto político brasileiro de nossos tempos vai além. Não só desconhece que Tudo é Política e que não se chega ao "Fim da Política" por decreto de aventureiros e obscurantistas, como ignora também a história recente do País: Fernando Collor de Mello, o "Caçador de Marajás", incensado e alçado ao poder por esta mesma mídia elitista e apátrida, que nos últimos anos vem armando todo tipo de golpe para derrubar o governo trabalhista e popular de Lula e Dilma, tentando tachá-lo de "governo de corruptos e ladrões" e ocultando todos os avanços conquistados.

Uma tentativa malograda se deu com o ministro Joaquim Barbosa, o "Nosso Batman", endeusado pela grande mídia e chamado até pela revista Veja, em reportagem de capa, no auge do julgamento do Mensalão, de "O Menino Pobre que Mudou o Brasil". 

Agora os cidadãos politizados e as cabeças pensantes estão estarrecidas. Do nada, verdadeiramente do nada de um "blablablá" sem qualquer consistência, aliada ao que há de mais retrógrado e obtuso na sociedade, surge a nova Salvadora da Pátria: Marina Silva, o "Collor de Saias".

Não ficará pedra sobre pedra.



Há um novo Collor na praça



Fernando Brito, Tijolaço


Há menos de um ano, Marina Silva não conseguia reunir meio milhão de assinaturas para formar sua Rede Sustentabilidade.

Hoje, diz o Datafolha, ela teria 100 vezes mais pessoas – 51 milhões de brasileiros – dispostos a entregar-lhe não o comando de um partido, mas o comando de suas vidas e seu destino.

Mesmo que a gente já saiba que pode haver aí alguma “bonificação” das pesquisas, é um fato concreto que ela é a candidata de uma parcela expres
siva de brasileiros.
A ilusão de que não há um fato real turbinado no irrealismo estatístico das pesquisas é um erro que só nos leva à confusão e à perda da capacidade de combate.

Os números podem ser irreais, o que importa? É apenas parte da máquina de propaganda que já se enfrentou e sabia-se que não seria diferente agora.

O projeto de Brasil justo e desenvolvido está, de fato, em perigo.

O que produziu isso?

A resposta é a mais simples possível, evidente a todos: a mídia.

Nada se parece mais com Marina Silva que a eleição de Fernando Collor de Mello.

É um factóide destinado a produzir um único efeito: derrotar Dilma e Lula, como Collor destinava-se apenas a derrotar Brizola e o próprio Lula em 1989.

Só que agora, para derrotar o projeto nacional-desenvolvimentista que ambos representam.

O que era Collor, senão um político local transformado pela mídia em “caçador de marajás”, tanto quanto a “nova política” diz ser a negação dos vícios da democracia brasileira, não importa que reproduzindo e empolgando tudo o que há de mais retrógrado neste país que, sem cerimônia, migra de Aécio Neves para ela?

É um cogumelo – que brotou mais rapidamente, é verdade, porque a mídia, na esteira de uma tragédia, a transformou, em 15 dias, em tudo o que ela não é – mas também algo sem densidade, sem projeto, sem nada que seja a sua imagem de mulher autoritária, sempre capaz de projetar-se como não-política, embora o seja há 20 anos, e uma moralista.

Marina ainda pode ser evitada, mas não com uma campanha insossa e “propositiva”.

Marina não propõe coisa alguma senão o que já propunha Aécio Neves, sem o mínimo sucesso.

Seu trunfo é, além da exposição nauseante na mídia, a despolitização do país.


Despolitização que boa parte do PT ajudou a se construir.

O Datafolha solidifica o que já está claro para todos.

Marina é a candidata da direita e a sua penetração na juventude e na classe média emergente é fruto de uma visão limitada de que o progresso social, sem polêmica, sem debate, é o bastante para fazer vitorioso um projeto político.

Só há um discurso correto para enfrentá-la: é dizer claramente ao povo brasileiro que ela é a negação deste progresso.

Que, por detrás de sua figura frágil, estão as forças que fizeram tudo o que este país procurou vencer nestes 12 anos.

Mas o PT e o Governo comportam-se de forma tímida e covarde diante disso.

Tornaram-se “pragmáticos” e não reagem com a coragem que a hora exige.

Parece que há um temor reverencial que, no máximo, permite-lhes dizer que é inexperiente.

Pode não ser experiente em administração, embora o mais correto seja dizer que nisso é desastrosa.

Mas Marina não é inexperiente, porque há uma década constrói um processo pessoal de poder, pulando de galho em galho e não hesitando em conspirar contra tudo que a tornou uma personagem conhecida.

É preciso dizer claramente ao povo brasileiro o que sua candidatura significa, ainda que isso possa não ser o mais “simpático” eleitoralmente.

Que ela é a candidata das elites que Aécio Neves não conseguiu ser e que suas poucas propostas em nada diferem das do tucanato em ocaso: liberdade total ao capital financeiro, destruição da “era Vargas” que Lula representou, ruína do projeto nacional.

O povo brasileiro não a identifica com isso, até porque ninguém o diz.

Porque a construção da Marina candidata é feita de vazio e não se derrota o vazio sem conteúdo.

Não é desaparecendo ou calando que vamos contribuir para que o povo brasileiro compreenda o que está em jogo.


Nem tratando Marina Silva como uma “pobre coitada” a quem faltaria capacidade.

Ela a tem, sobretudo a de se emprestar às piores causas sob o discurso da moralidade.

Quem não tiver coragem de enfrentar o que ela representa, não merece representar algo diferente.

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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Marina Silva e o Golpe da "Nova Política"


Esta senhora é simplesmente grotesca, com seu blábláblá vazio, contraditório, rocambolesco.

Rancorosa (vingança contra Dilma, escolhida por Lula...).

Tosca, isto sim. 

Arrivista!

Mal-intencionada.




Acorda, Povo Brasileiro !!!

7 motivos pelos quais Marina Silva não representa a “nova política”


Se a sua intenção este ano é votar em uma "nova forma de fazer política", leia este texto antes de encarar a urna eletrônica


Lino Bocchini


                                                                               Léo Cabral/ MSILVA Online
Neca Setúbal, herdeira do Itaú e coordenadora do programa de governo
 de Marina Silva, a candidata e seu vice, Beto Albuquerque



É comum eleitores justificarem o voto em Marina Silva para presidente nas Eleições 2014 afirmando que ela representaria uma “nova forma de fazer política”. Abaixo, sete razões pelas quais essa afirmação não faz sentido:

1. Marina Silva virou candidata fazendo uma aliança de ocasião. Marina abandonou o PT para ser candidata a presidente pelo PV. Desentendeu-se também com o novo partido e saiu para fundar a Rede - e ser novamente candidata a presidente. Não conseguiu apoio suficiente e, no último dia do prazo legal, com a ameaça de ficar de fora da eleição, filiou-se ao PSB. Os dois lados assumem que a aliança é puramente eleitoral e será desfeita assim que a Rede for criada. Ou seja: sua candidatura nasce de uma necessidade clara (ser candidata), sem base alguma em propostas ou ideologia. Velha política em estado puro.

2. A chapa de Marina Silva está coligada com o que de mais atrasado existe na política. Em São Paulo, o PSB apoia a reeleição de Geraldo Alckmin, e é inclusive o partido de seu candidato a vice, Márcio França. No Paraná, apoia o também tucano Beto Richa, famoso por censurar blogs e pesquisas. A estratégia de “preservá-la” de tais palanques nada mais é do que isso, uma estratégia. Seu vice, seu partido, seus apoiadores próximos, seus financiadores e sua equipe estão a serviço de tais candidatos. Seu vice, Beto Albuquerque, aliás, é historicamente ligado ao agronegócio. Tudo normal, necessário até. Mas não é “nova política”.

3. As escolhas econômicas de Marina Silva são ainda mais conservadoras que as de Aécio Neves. A campanha de Marina é a que defende de forma mais contundente a independência do Banco Central. Na prática, isso significa deixar na mão do mercado a função de regular a si próprio. Nesse modelo, a política econômica fica nas mãos dos banqueiros, e não com o governo eleito pela população. Nem Aécio Neves é tão contundente em seu neoliberalismo. Os mentores de sua política econômica (futuros ministros?) são dois nomes ligados a Fernando Henrique: Eduardo Giannetti da Fonseca e André Lara Rezende, ex-presidente do BNDES e um dos líderes da política de privatizações de FHC. Algum problema? Para quem gosta, nenhum. Não é, contudo, “uma nova forma de se fazer política”.

4. O plano de governo de Marina Silva é feito por megaempresários bilionários. Sua coordenadora de programa de governo e principal arrecadadora de fundos é Maria Alice Setúbal, filha de Olavo Setúbal e acionista do Itaú. Outro parceiro antigo é Guilherme Leal. O sócio da Natura foi seu candidato a vice e um grande doador financeiro individual em 2010. A proximidade ainda mais explícita no debate da Band desta terça-feira. Para defendê-los, Marina chegou a comparar Neca, herdeira do maior banco do Brasil, com um lucro líquido de mais de R$ 9,3 bilhões no primeiro semestre, ao líder seringueiro Chico Mendes, que morreu pobre, assassinado com tiros de escopeta nos fundos de sua casa em Xapuri (AC) em dezembro de 1988. Devemos ter ojeriza dos muito ricos? Claro que não. Deixar o programa de governo a cargo de bilionários, contudo, não é exatamente algo inovador.

5. Marina Silva tem posições conservadoras em relação a gays, drogas e aborto. O discurso ensaiado vem se sofisticando, mas é grande a coleção de vídeos e entrevistas da ex-senadora nas quais ela se alinha aos mais fundamentalistas dogmas evangélicos. Devota da Assembleia de Deus, Marina já colocou-se diversas vezes contra o casamento gay, contra o aborto mesmo nos casos definidos por lei, contra a pesquisa com células-tronco e contra qualquer flexibilização na legislação das drogas. Nesses temas, a sua posição é a mais conservadora dentre os três principais postulantes à Presidência.

6. Marina Silva usa o marketing político convencional. Como qualquer candidato convencional, Marina tem uma estrutura robusta e profissionalizada de marketing. É defendida por uma assessoria de imprensa forte, age guiada por pesquisas qualitativas, ouve marqueteiros, publicitários e consultores de imagem. A grande diferença é que Marina usa sua equipe de marketing justamente para passar a imagem de não ter uma equipe de marketing.

7. Marina Silva mente ao negar a política. A cada vez que nega qualquer um dos pontos descritos acima, a candidata falta com a verdade. Ou, de forma mais clara: ela mente. E faz isso diariamente, como boa parte dos políticos dos quais diz ser diferente.

Há algum mal no uso de elementos da política tradicional? Nenhum. Dentro do atual sistema político, é assim que as coisas funcionam. E é bom para a democracia que pessoas com ideias diferentes conversem e cheguem a acordos sobre determinados pontos. Isso só vai mudar com uma reforma política para valer, algo que ainda não se sabe quando, como e se de fato será feita no Brasil.

Aécio tem objetivos claros. Quer resgatar as bandeiras históricas do PSDB, fala em enxugamento do Estado, moralização da máquina pública, melhora da economia e o fim do que considera um assistencialismo com a população mais pobre. Dilma também faz política calcada em propósitos claros: manter e aprofundar o conjunto de medidas do governo petista que estão reduzindo a desigualdade social no País.

Se você, entretanto, não gosta da plataforma de Dilma ou da de Aécio e quer fortalecer “uma nova forma de fazer política”, esqueça Marina e ouça Luciana Genro (PSOL) e Eduardo Jorge (PV) com mais atenção.

De Marina Silva, espere tudo menos a tal “nova forma de fazer política”. Até agora a sua principal e quase que única proposta é negar o que faz diariamente: política.


CartaCapital


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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Marina Silva: enorme risco para o Brasil



Astúcia e cinismo.

Um engodo. Um embuste.

O Brasil engatando uma marcha-à-ré na História...




O fator Marina e o envelhecimento dos partidos

Luis Nassif / Jornal GGN


No Twitter, Xico Graziano vibrava com as notícias do IBOPE sobre a explosão da candidatura Marina Silva, apesar de poder ser a pá de cal na candidatura do seu partido. Não se trata de um twiteiro convencional, mas do homem de confiança de Fernando Henrique Cardoso, que chegou a ser cogitado para comandar a campanha de Aécio Neves nas redes sociais.

Seu entusiasmo é uma demonstração eloquente da falta de substância no discurso oposicionista. Nesses doze anos, limitaram-se a brandir um anacrônico “delenda PT” em vez de buscar o discurso novo.

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Nem se pense que do lado do PT houve alguma inovação.

As manifestações de junho de 2013 poderiam ter sido um presente para o partido e para Dilma. Com mais de um ano de antecedência, vinha o aviso das ruas: o povo já tem pão, já tem escola, já tem luz; falta participação.

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Sabia-se que, fechado o ciclo de inclusão – promovido pelas políticas sociais de Lula e Dilma – apareceria em cena um novo cidadão, mais exigente em relação aos serviços públicos, mais consciente em relação aos seus próprios direitos, mais cético em relação às instituições convencionais da democracia representativa.

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A onda Marina Silva é a comprovação maior de como os partidos – tanto o PT quanto o PSDB – afastaram-se dos intelectuais e do sentimento das ruas.

Hoje em dia, é comum ouvir de líderes partidários críticas a Dilma, por não ter interpretado devidamente o sentimento das ruas. Mas o próprio PT tratou a insatisfação popular como uma tentativa de golpe ou da direita ou de grupos de extrema esquerda. Quem ousasse dar legitimidade à insatisfação das ruas era execrado. Julgaram que o novo cidadão ainda levaria alguns anos para emergir. Não tiveram o menor sentimento de urgência.

Aliás, não conseguiram sequer divulgar – até agora – avanços inegáveis que aconteceram em diversas políticas públicas.

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Do lado do PSDB, nem se diga. Desde Mário Covas o partido perdeu totalmente o sentimento de povo. As manifestações de junho mereceram apenas algumas análises óbvias de FHC e nenhuma forma de ação.

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Com essa insensibilidade ampla, a bandeira do aprofundamento democrático e da democracia digital ficou exclusiva de Marina Silva – fortalecida pela demonização da política patrocinada esses anos todos pelos grupos de mídia.

Um eventual governo Marina Silva é um enorme risco para o país. Analistas já comparam a Jânio Quadros e Fernando Collor – pelo isolamento, pela falta de estrutura partidária, pela ausência de jogo de cintura para tratar com os políticos e pela falta de um projeto mais amplo de país.

Dilma e Aécio representam propostas de política econômica claras e conhecidas. Já Marina é cercada por grupos absolutamente heterogêneos, onde despontam desde “operadores” de mercado (no pior sentido), como André Lara Rezende, a um certo empresariado industrial paulista mais moderno, os nacionalistas do PSB, e ONGs do setor privado, de boa reputação. Juntos, não formam um projeto.

Mais que isso, sobre essa orquestra disforme paira a personalidade de Marina.

É imensamente mais teimosa e menos preparada que Dilma. Tem muito menos habilidade política e capacidade de escolha de equipe que Aécio.

O crescimento de sua candidatura não se trata de um fogo fátuo, como tantos outros da história recente do país. Que a onda irá refluir, não se tenha dúvida. Não se sabe apenas se refluirá antes de terminadas as eleições.

Mas sua eleição é inegavelmente uma aposta de altíssimo risco.


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domingo, 24 de agosto de 2014

Juiz Sergio Moro critica atuação de juízes nos crimes de corrupção


CORRUPÇÃO INSTITUCIONAL







Não é dos astros a culpa

Sergio Fernando Moro*

A corrupção não é monopólio de agremiações políticas ou de governos específicos, e combatê-la deve ser bandeira da esquerda e da direita

Em 17 de fevereiro de 1992, foi preso, na Itália, Mario Chiesa, diretor de instituição filantrópica e pública de Milão, dando início à Operação Mãos Limpas ("Mani Pulite").

Após um mês, ele resolveu colaborar, alegando como álibi o famoso "tutti rubiamo così", ou "todos roubamos assim".

Dois anos depois, 2.993 mandados de prisão haviam sido expedidos e 6.059 pessoas estavam sob investigação, entre elas políticos e agentes públicos.

A Itália estava mergulhada na corrupção, forjando o termo "Tangentopoli" - ou seja, "cidade da propina", embora fosse mais apropriado "país da propina".

Como resultado, houve grande alteração do panorama político, propiciando um novo começo democrático, com méritos e deméritos.

Há, infelizmente, semelhanças com o quadro atual brasileiro - e não apenas o de hoje.

A corrupção não tem cores partidárias. Não é monopólio de agremiações políticas ou de governos específicos. Combatê-la deve ser bandeira da esquerda e da direita. Embora existam políticos corruptos em qualquer agremiação, não há partido que defenda a corrupção.

Há a responsabilidade das leis, do Executivo e do Judiciário. Das primeiras, pela estruturação de processo penal por vezes infindável, com múltiplos recursos que impedem que ações penais cheguem ao fim. Do segundo, por se tornar refém da política partidária e não adotar postura firme contra a deterioração da vida pública. Do terceiro, pela excessiva leniência, com louváveis exceções, em relação a esse tipo de criminalidade.

É necessário alterar a situação. É preciso legislação penal que, garantidos os direitos do acusado, permita que os processos cheguem ao final. Do Poder Executivo, menos fechar de olhos.

Imprescindível também mudança de percepção dos juízes quanto aos males da corrupção. Se um terço do rigor contra os criminosos do tráfico de drogas fosse transferido para os processos de crimes de corrupção, haveria grande diferença. Em parte, o problema não é a lei, mas de percepção dos juízes.

Defendo, em concreto, que o rigor se imponha em casos de crimes graves de corrupção. Especificamente, presentes evidências claras de crimes de corrupção, não se deve permitir o apelo em liberdade do condenado, salvo se o produto do crime tiver sido integralmente recuperado. Não é antecipação da pena, mas reflexão razoável de que, se o condenado mantém escondida fortuna amealhada com o malfeito, o risco de fuga ou de nova ocultação do produto do crime é claro e atual.

É fácil apresentar projeto de lei a respeito e igualmente viável defender, mesmo sem lei, posição jurisprudencial nesse sentido. Gostaria de ver isso defendido pelos candidatos à Presidência da República ou, mesmo antes, no Congresso Nacional e nos tribunais.

Enfim, a corrupção não é um dado da natureza ou consequência dos trópicos, mas um produto de fraqueza institucional e cultural. Como Brutus bem sabe, não é dos astros a culpa.


* SERGIO FERNANDO MORO, 42, é juiz federal e professor na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR).



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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Luis Nassif prevê caos com Marina Silva na Presidência


ELEIÇÕES 2014



" (...) Marina é uma incógnita completa.

Primeiro, pelos grupos que a cercam e que querem um pedaço desse latifúndio. E ela não tem um grupo para chamar de seu, a não ser para o tema restrito do meio ambiente. (...)

O segundo dado é o mais confuso: a personalidade de Marina que nunca foi de admitir ser conduzida por ninguém.

Os que conviveram com Marina no governo reforçam algumas características:

Dificuldade em entender economias industriais.

Baixo pique operacional. Praticamente não conseguiu colocar de pé nenhuma de suas propostas à frente do Ministério do Meio Ambiente.

Jogo de cintura nenhum.

Tudo isso seria contornável, não fosse um aspecto de sua personalidade: teimosia e voluntarismo exacerbados. 
No governo Lula era quase impossível a outros Ministros definir pactos com Marina. Nas vezes em que era derrotada, costumava se auto-vitimizar."







É preferível um Aécio na mão que duas Marinas voando


Luis Nassif





A aposta em Marina Silva é de alto risco por várias razões.

Dilma Rousseff e Aécio Neves representam forças claras e explícitas e são personalidades racionais.

Dilma defende um neo-desenvolvimentismo com uma atuação proativa do Estado e Aécio a volta ao neoliberalismo de Fernando Henrique Cardoso.

Em 2011, o pânico em relação à inflação tirou Dilma do prumo. Mas ela tem ideias claras sobre o país e sobre o que quer: política industrial, investimentos em infraestrutura, aprofundamento do social.

Podem ser apontados inúmeros vícios de gestão, mas também tem feitos consagradores, como a própria política do pré-sal, a construção da indústria naval, o Pronatec, Brasil Sem Miséria e um conjunto de obras – especialmente na área de energia.

Mesmo sua teimosia mais arraigada não chega perto do risco da desestabilização – apesar do terrorismo praticado por parte do mercado.

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Com Aécio, a economia será submetida novamente a uma política de arrocho fiscal. Haverá refluxo na atuação do BNDES, fim das políticas de incentivo fiscal, redução da ênfase nas políticas sociais, interrupção no processo de reaparelhamento técnico do Estado. Se venderá novamente o peixe da “lição de casa” e do pote de ouro no fim do arco-íris.

Assim como FHC, Aécio estará ausente do dia a dia. Mas certamente se cercará de um Ministério de primeira grandeza e há uma lógica econômica por trás de suas propostas.

Até onde pretenderá chegar com o desmonte do Estado social, é uma incógnita. Mas age com racionalidade.

***

Marina é uma incógnita completa.

Primeiro, pelos grupos que a cercam e que querem um pedaço desse latifúndio. E ela não tem um grupo para chamar de seu, a não ser para o tema restrito do meio ambiente.

Haverá uma disputa dura para saber quem a levará pela mão: economistas de mercado, os grandes empresários paulistas, ambientalistas radicais, os egressos do PSB e – se Marina se consolidar – os trânsfugas do PSDB paulista.

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O segundo dado é o mais confuso: a personalidade de Marina que nunca foi de admitir ser conduzida por ninguém.

Os que conviveram com Marina no governo reforçam algumas características:

Dificuldade em entender economias industriais.

Baixo pique operacional. Praticamente não conseguiu colocar de pé nenhuma de suas propostas à frente do Ministério do Meio Ambiente.

Jogo de cintura nenhum.


Tudo isso seria contornável, não fosse um aspecto de sua personalidade: teimosia e voluntarismo exacerbados. No governo Lula era quase impossível a outros Ministros definir pactos com Marina. Nas vezes em que era derrotada, costumava se auto-vitimizar.


Os empresários paulistas que apoiaram sua candidatura estavam atrás do símbolo político, o Lula de saias, o Avatar dos novos tempos. Vice de Eduardo Campos seria o melhor dos mundos, pois o presidente asseguraria a racionalidade do governo.

Colocaram como seus porta-vozes economistas, importaram o brasilianista André Lara Rezende, que encontrou a melhor síntese para casar o livre mercadismo com as propostas ambientalistas de Marina: o país não pode crescer para não comprometer o equilíbrio do meio ambiente mundial. Quem chegou, chegou, quem não chegou não chega mais.

***

Experiências recentes do país indicam que o componente pessoal, a psicologia individual é um ponto relevante na análise de figuras públicas.

Resta saber se o país está disposto a pagar para ver.


Para os mercadistas: aguardem um mês de campanha antes de iniciar a cristianização de Aécio, para poder entender melhor a personalidade de Marina.

É preferível um Aécio na mão que duas Marinas voando.



Jornal GGN


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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Indignidade: Marina Silva faz de um morto cabo eleitoral


Ausência total de escrúpulos.


Vale-Tudo na campanha da ex-senadora evangélica Marina Silva, de olho na cadeira da Presidenta Dilma.





A morte como campanha



JANIO DE FREITAS


Marina e os interessados na projeção do PSB saem da comoção à apelação ao fazer do morto um cabo eleitoral

A crítica de Marina Silva a seus adversários por "exploração" da morte de Eduardo Campos não tem cabimento e tem um reverso. Dilma Rousseff e Aécio Neves não ultrapassaram, como candidatos, o que poderiam dizer como pessoas do conhecido ou amigo desaparecido. A própria Marina Silva e os interessados na projeção eleitoral do PSB, porém, saem da comoção para a apelação, sem limite algum, ao morto reduzido a cabo eleitoral.


A política brasileira não precisa de mais indignidades e feiúras.

Nada a ver com a intenção da família de dar vida a Eduardo Campos na memória geral. Mas não é menos do que exploração imoral uma atitude como esta do candidato ao governo de Pernambuco, Paulo Câmara, indicado por Eduardo e em dificuldade nos seus magros 13% de aceitação eleitoral: "Agora, quem está com Eduardo Campos está com Paulo Câmara e quem não está com Paulo Câmara não está com Eduardo Campos".

Ou, vindo do sucessor de Eduardo Campos na presidência do PSB, Roberto Amaral: "Depois de Arraes e de Eduardo, nosso partido tem uma nova liderança que representa não apenas a alma pernambucana, mas também a alma brasileira. A grande liderança do partido hoje é Renata Campos". Dedução imediata: não por graça do talento político que a viúva tenha, mas por induzir, para efeitos políticos, a lembrança comovida do morto.

É difícil imaginar a acomodação que Marina Silva fará entre suas (pouco) expressadas ideias e os condicionamentos que a candidatura pelo PSB lhe impõe. Já está aí a concessão que faz - ela, que não admitiu a aliança com o governador Geraldo Alckmin - ao aceitar como seu vice o deputado Beto Albuquerque, combativo destaque na tropa dos transgênicos da Monsanto no Congresso. Não é a falta de temas que leva Marina Silva e seus aliados, forçados ou não, a fazerem da morte de Eduardo Campos o seu marketing.



Folha Online


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domingo, 17 de agosto de 2014

O funeral-comício de Eduardo Campos


Lamentável.

Um disparate sem tamanho.

Nem todos mantiveram a compostura devida no velório e enterro do ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, morto em acidente aéreo na última quarta-feira. Houve vaias e aplausos à Presidenta Dilma e Lula; houve os que, como o senador Jarbas Vasconcellos, danou-se a fazer declarações estapafúrdias sobre a presença da Presidenta; houve os que mantiveram uma postura sóbria, evitando falar de política e eleições; e houve os que transformaram despudoradamente, desrespeitosamente, o funeral em vigoroso comício, proferindo gritos de "Fora, Dilma! Agora é Marina!"

Parece que até a própria Marina Silva, tão comedida e circunspecta em tantas ocasiões, andou cometendo seus deslizes, dando sorrisinhos inoportunos e até fazendo selfie!

Absolutamente grotesco.

O Brasil e muitos cidadãos brasileiros, inclusive da classe política, têm, mesmo, que caminhar muito na senda da civilidade, antes de se arvorarem em mentores dos destinos do País.


FUNERAL VIRA COMÍCIO: "FORA DILMA, AGORA É MARINA"


:
As cerimônias fúnebres para homenagear o ex-governador Eduardo Campos, falecido em um acidente aéreo na última quarta-feira 13, terminaram como ato político em torno das candidaturas de Marina Silva, que ocupava a vaga de vice na chapa de Campos, e de Paulo Câmara, candidato socialista ao governo de Pernambuco; do lado de fora, militantes gritavam: "Fora Dilma, agora é Marina"; no carro do corpo de bombeiros, além dos familiares de Campos, estavam os candidatos Marina e Paulo Câmara

Leia a matéria completa no Brasil 247.

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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Presidenta Dilma, emocionada, fala da morte de Eduardo Campos



O Brasil inteiro está de luto. Perdemos hoje um grande brasileiro, Eduardo Campos. Perdemos um grande companheiro. (...) Estou tristíssima.

                                                             Presidenta Dilma Rousseff, ontem



Vídeo





No Blog do Planalto:

Nota de pesar pela morte de Eduardo Campos

Nota Oficial
A presidenta Dilma Rousseff lamentou nesta quarta-feira (13) o falecimento de Eduardo Henrique Accioly Campos em tragédia com queda de aeronave em Santos (SP). Confira na íntegra:
O Brasil inteiro está de luto. Perdemos hoje um grande brasileiro, Eduardo Campos. Perdemos um grande companheiro.
Neto de Miguel Arraes, exemplo de democrata para a minha geração, Eduardo foi uma grande liderança política. Desde jovem, lutou o bom combate da política, como deputado federal, ministro e governador de Pernambuco, por duas vezes.
Tivemos Eduardo e eu uma longa convivência no governo Lula, nas campanhas de 2006, 2010 e durante o meu governo.
Estivemos juntos, pela última vez, no enterro do nosso querido Ariano Suassuna. Conversamos como amigos.  Sempre tivemos claro que nossas eventuais divergências políticas sempre seriam menores que o respeito mútuo característico de nossa convivência.
Foi um pai e marido exemplar. Nesse momento de dor profunda, meus sentimentos estão com Renata, companheira de toda uma vida, e com os seus amados filhos. Estou tristíssima.
Minhas condolências aos familiares de todas as vítimas desta tragédia.
Decretei luto oficial de 3 dias em homenagem à memória de Eduardo Campos. Determinei a suspensão da minha campanha por 3 dias.

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terça-feira, 12 de agosto de 2014

Mundo jurídico comemora Nova Era no STF


JUDICIÁRIO CIDADÃO



“Confiamos que o novo presidente fará valer aquilo que costumávamos ver em um passado não muito distante: o discernimento de saber que um magistrado, de qualquer nível, que se debruça sobre os mais variados temas da vida brasileira, não deve almejar holofotes e não deve ter ambições pessoais e políticas”.

“Que o STF volte a ser a Casa de todos os brasileiros, aquela que abriga e protege o que a cidadania tem de mais fundamental, que são as garantias individuais e coletivas.”
                                                                          Paulo Luiz Schmidt, Anamatra





Mundo jurídico aplaude Lewandowski


FREDERICO VASCONCELOS, em seu blog.


Representantes da Magistratura, Advocacia e Ministério Público preveem maior diálogo no STF e no CNJ. *

O Blog pediu a onze presidentes de associações de magistrados e de entidades da advocacia e do Ministério Público uma avaliação sobre as expectativas em relação à gestão do ministro Ricardo Lewandowski no Supremo Tribunal Federal e no Conselho Nacional de Justiça.

O resultado é amplamente favorável ao sucessor do ministro Joaquim Barbosa, apesar das manifestações de insatisfação recentes diante da possibilidade de uma maior ênfase no planejamento do Judiciário, pelo CNJ, com redução das atividades disciplinares do órgão de controle externo.

A expectativa da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) no relacionamento institucional com o novo presidente do STF e do CNJ é de um diálogo permanente.

“Nenhum dos órgãos ou entidades do setor público brasileiro solucionará, isolada e solitariamente, os problemas que afligem os brasileiros”, afirma João Ricardo Costa, presidente da AMB, maior entidade de juízes.

“Acreditamos e confiamos que a nova gestão do STF conduzirá os trabalhos de forma transparente, promovendo maior legitimidade aos processos e decisões”, diz.

Para o presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros, Técio Lins e Silva, “os advogados têm excelentes motivos para comemorar os novos tempos de gestão democrática no Supremo, principalmente se levarmos em conta que o antecessor do ministro Ricardo Lewandowski na Presidência do STF não recebia os advogados, violando a Constituição Federal e agredindo o seu papel de magistrado”.

De acordo com Técio Lins e Silva, “haverá mais respeito aos advogados, aos juízes e aos usuários da Justiça”.

O presidente da Associação Nacional dos Magistrados Estaduais (Anamages), Antônio Sbano, diz que Lewandowski é um “magistrado com larga experiência, tem se pautado por conduta serena, além de fidalgo”.

“Não se pense em impunidades ou corporativismo. Temos certeza do rigor da fiscalização, mas com estrita observância do devido processo legal e respeito às garantias constitucionais”, afirma o presidente da Anamages.

“O ministro Ricardo Lewandowski é detentor de grande sensibilidade e diplomacia. Com propensão ao diálogo, ele certamente facilitará uma melhor interação dos poderes”, afirma Alexandre Camanho, presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).

O presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Paulo Luiz Schmidt, diz que a expectativa do conjunto da magistratura é o fim da “era do gelo”.

“O novo presidente vem para mudar, de forma radical, um período em que duas palavras foram diariamente esquecidas: diálogo e democracia”, diz Schmidt. “Ousamos dizer que será um período de tranquilidade e de diálogo na Corte Suprema”.

Segundo a Anamatra, a defesa da Constituição no STF “pressupõe um clima de temperança e trato cordial entre ministros e também com aqueles que atuam na Corte, sejam eles as partes, os advogados e a própria imprensa”.

“Confiamos que o novo presidente fará valer aquilo que costumávamos ver em um passado não muito distante: o discernimento de saber que um magistrado, de qualquer nível, que se debruça sobre os mais variados temas da vida brasileira, não deve almejar holofotes e não deve ter ambições pessoais e políticas”.

“Que o STF volte a ser a Casa de todos os brasileiros, aquela que abriga e protege o que a cidadania tem de mais fundamental, que são as garantias individuais e coletivas”, diz Schmidt.

André Augusto Salvador Bezerra, presidente do Conselho Consultivo da Associação Juízes para a Democracia (AJD), diz que Lewandowski é um magistrado experiente. “No julgamento do chamado mensalão, mostrou independência no exercício da função, não deixando sua convicção ser influenciada por pressões midiáticas, que não se coadunavam com uma causa em que havia o conflito entre o Poder Punitivo do Estado e a liberdade dos réus”.

Mas a AJD ressalva que, assim como os demais ocupantes do STF, “sua nomeação se deu sem a necessária discussão pública, o que é um déficit democrático de todo o processo, apesar da previsão constitucional”.

Bezerra vê com preocupação a notícia de que Lewandowski dará primazia ao planejamento sobre a atividade disciplinar.

“O controle externo é uma conquista da sociedade brasileira e nenhuma das funções constitucionais do CNJ pode ser enfraquecida”, diz o presidente da AJD.

“Planejamento é importante? Sem dúvida. Mas é igualmente importante o controle disciplinar”, diz.

“Recentemente, o ministro Lewandowski concedeu medida liminar contra decisão do CNJ que obrigara o Tribunal de Justiça de São Paulo a expedir norma que estabelecesse critérios objetivos e impessoais para a designação de Juízes Auxiliares da Capital e assim o fez sob o fundamento de a decisão do conselho violar o pacto federativo”, lembra Bezerra.

“Trata-se de motivação que doutrinariamente a AJD discorda radicalmente, enxergando-a com grande preocupação, por se tratar de tese que poderá enfraquecer o CNJ. Afinal, se uma decisão do CNJ fere o princípio federativo, como possibilitar o controle externo sobre os tribunais estaduais?”, indaga.

“A AJD espera atentamente que o CNJ não tenha suas funções diminuídas nos próximos anos.”

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE), acredita que Lewandowski vai atuar “com muito equilíbrio, transparência e respeito às instituições de Estado, bem como à sociedade civil organizada”.

“Percebemos uma clara disposição do ministro em manter o diálogo democrático, constante e aberto com as associações de Magistrados”, declarou o Presidente da Ajufe, Antônio César Bochenek.

Para a AJUFE, o ministro tem demonstrado que pretende ouvir e receber sugestões das entidades associativas da Magistratura.

“Temos convicção que à frente da Presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Ministro vai priorizar as políticas de planejamento estratégico e gestão que contribuam para dar mais dinamismo e eficiência a todas as instâncias da Justiça brasileira”, afirmou Bochenek.

Ele diz que é motivo de muito orgulho para a AJUFE ter o ministro Lewandowski como seu associado. “Isso demonstra o perfil plural, democrático e aberto ao debate do novo presidente do STF”.

“Lewandowski será um grande presidente. Tem muito prestígio no meio jurídico e será o condutor de grandes mudanças no Judiciário”, afirma Jayme Martins de Oliveira Neto, presidente da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis).

Eugênio Couto Terra, presidente da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), prevê um “novo tempo” para o Judiciário: “O ministro Ricardo Lewandowski no comando do STF trará mais serenidade e estabilidade às atividades da Corte”.

“A tendência é que haja mais diálogo do colegiado com a presidência, trazendo mais harmonia ao Supremo, sem prejuízo do essencial respeito às posições de cada um de seus integrantes”.

Terra prevê “uma grande guinada” na condução do CNJ.”Sem deixar de exercer sua função correicional, passará a ser, também, um espaço de diálogo com a magistratura, representada por suas entidades de classe, os tribunais e a sociedade”.

“O Poder Judiciário, sob a direção de Lewandowski, será mais democrático e um espaço de construção coletiva”, diz o presidente da Ajuris.

“A renovação de comando do CNJ e STF também renova as esperanças do Movimento do Ministério Público Democrático de que tenhamos o sistema de justiça mais próximo da sociedade e acessível, especialmente onde existe mais pobreza e vulnerabilidade social, sendo fundamental a implementação e utilização de juizados itinerantes que funcionem efetivamente”, diz o Promotor de Justiça Roberto Livianu, presidente do MPD.

Segundo Livianu, é necessário também que novas varas sejam criadas para atender as necessidades sociais mais agudas, nos rincões mais pobres do país, além de avançar na direção da especialização da justiça, dotando-a de infra-estrutura mais adequada para analisar ofensas ao patrimônio público, ao meio ambiente e aos consumidores, por exemplo.

“A sociedade brasileira espera respostas cada vez mais consistentes em relação ao controle da corrupção no Brasil, em relação ao que o CNJ e STF têm papeis vitais, esperando-se sejam estabelecidas metas de produtividade visando mais eficiência na resposta estatal para esta demanda do sistema de justiça como um todo, cujos danos são estrondosos para os estratos mais desassistidos da comunidade”, afirma Livianu.

O presidente da Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis), desembargador Herbert Carneiro, manifesta aprovação e expectativa positiva com a nova gestão do STF e do CNJ.

Ele cita especialmente as primeiras medidas anunciadas por Lewandowski, como a suspensão das “sessões secretas” no Conselho Nacional de Justiça, medida que, segundo Carneiro, “resgatou os princípios constitucionais da publicidade, da ampla defesa e do contraditório”.

Para a Amagis, “não havia justificativa sustentável para que, em nome da celeridade, fossem adotados mecanismos, como as chamadas “votações antecipadas” ou “pautas rápidas”, em prejuízo da transparência, do pleno conhecimento dos processos com a devida antecedência e de maior legitimidade ao julgamento”.

Ele prevê, entre outras mudanças, a quebra do formalismo e a adoção de maior cautela e de fundamentação nos procedimentos.

“O mais importante é o resgate do reconhecimento das prerrogativas da magistratura, que são fundamentos da própria democracia e do regime republicano. Magistrado não pode nem deve ser afastado por mera suspeita”, diz Carneiro.



(*) Da esquerda para a direita: André Augusto Salvador Bezerra, da Associação Juízes para a Democracia; Roberto Livianu, do Movimento do Ministério Público Democrático; Herbert Carneiro, da Amagis; Paulo Luiz Schmidt, da Anamatra; Jayme Martins de Oliveira Neto, da Apamagis; Antônio Sbano, da Anamages; Técio Lins e Silva, do IAB; Eugênio Couto Terra, da Ajuris; Alexandre Camanho, da ANPR; João Ricardo Costa, da AMB e Antônio César Bochenek, da Ajufe.


quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Mais uma da Veja: fraude em fita da CPI da Petrobras


JORNALISMO DE ESGOTO



Mais uma do "detrito sólido de maré baixa", expressão jocosa cunhada pelo "primo" (PHA/Paulo Henrique Amorim):


PERÍCIA COMPROVA: VEJA FRAUDOU FITA DA CPI


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Uma perícia contratada pelo senador Delcídio Amaral (PT/MS) demonstra que a revista Veja editou a fita que motivou a capa da última semana, sobre uma suposta farsa na CPI da Petrobras; "Do arquivo analisado separamos segmentos que demonstram a edição do mesmo, sendo claramente perceptível pelo menos duas interrupções na sequência das falas", diz a análise do IPC, o principal instituto de perícias do Mato Grosso do Sul; "O uso de palavras separadas de sua sequência original pode trazer interpretação destoante do efetivo contexto em que teriam sido empregadas"; ontem, em entrevista ao 247, o ministro Ricardo Berzoini defendeu que Veja apresente a íntegra de sua fita gravada com uma caneta espiã; a revista da Marginal Pinheiros aceitará o desafio?

Leia matéria completa no Brasil 247.

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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Imperdível: Aécio Neves e o "Samba do Avião"


ELEIÇÕES 2014



Ele é chamado jocosamente de Aócio, Aébrio... e ainda não esclareceu devidamente uma "zona escura" de sua vida: sua eventual dependência de cocaína. 

A chamada "grande imprensa", como se sabe, não lhe dirige perguntas incômodas.

Vejam mais abaixo o vídeo do "AeroAécio" e do "Aécioporto", e imaginem o que este senhor não faria com os cofres públicos ao se instalar na Presidência da República!

Oremos e vigiemos...



Autuado por policiais em blitz da Lei Seca, na madrugada carioca, claro, 
aquele que pretende ocupar o mais alto posto da República 
portava carteira de motorista vencida, encontrava-se visivelmente alcoolizado e se recusou a fazer o teste do bafômetro.






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