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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Breve História do Brasil: da Ditadura ao "Feicismo"


GOLPE EM ANDAMENTO





A história e o fascínio do "Feicismo" do "Anonymous", o novo partido único da direita, dirigido de Londres


Rogerio Mattos Costa, de Madrid


História breve do Brasil – da Ditadura ao “Feicismo” – , dedicada aos jovens que estão nas ruas fazendo o país avançar, mas que não querem ser usados pela CIA para fazer o Brasil voltar atrás.


1. Nos anos 50, eles se agrupavam num partido chamado UDN, que defendia sempre os interesses dos Estados Unidos no Brasil, a ponto de seu presidente, o tristemente célebre deputado Mangabeira, quando na presidência do Congresso Nacional, ter beijado a mão do General americano Dwight Eisenhower, candidato a presidente daquele país, como se pode ver nessa foto.

2. Sempre derrotados pelos trabalhistas, chefiados primeiro por Vargas e depois por Brizola e Juscelino, em 1959 eles chegam à conclusão que precisariam deixar de parecer partido das elites e tinham que conseguir um candidato que parecesse ser do povo se quisessem ganhar as eleições presidenciais.

3. Em 1960, finalmente, eles tinham vencido uma eleição para presidente, tendo como candidato Jânio Quadros, um candidato que, nos comícios, comia na frente do microfone um grande sanduíche de mortadela para parecer popular e usava uma vassoura na mão como símbolo de que iria acabar com a corrupção.

4. Mas seu presidente, Jânio Quadros, renunciou seis meses depois de tomar posse. Eles e os militares queriam impedir que o vice tomasse posse, que na época era eleito em separado, João Goulart, também um trabalhista.

5. Em 1962 e 1963 eles tentaram, por três vezes, sem sucesso, aplicar um novo golpe de estado. Seu chefe era Carlos Lacerda, jornalista financiado pela Agência Central de Inteligência, a CIA, que teve um papel chave na deposição e morte de Getúlio Vargas em 1954.

1. Aproveitando-se da grande religiosidade do povo, eles criaram programas religiosos nas principais rádios do Brasil, nos quais pretensos “padres americanos”, na verdade agentes da CIA infiltrados na igreja católica, chefiados por Patrick Peiton, diziam que a “Virgem Maria os havia enviado ao Brasil para salvar o país de vocês do comunismo”.

2. Finalmente, aliados a alguns generais brasileiros e chefiados por Lacerda, então governador da Guanabara, e pelo embaixador americano Lincoln Gordon, em 1º de abril de 1964, eles derrubaram, com o total apoio dos seus veículos de comunicação, não apenas o presidente trabalhista, João Goulart, mas o regime democrático.

3. Entre outros “crimes”, eles acusavam Goulart de defender a reforma agrária e principalmente por ter aumentado em 100% o salário mínimo, congelado por oito anos, o que era um sinal de que o presidente eleito “queria implantar o comunismo no Brasil”.

4. Com seus rádios e TVs, num mesmo dia, eles convocaram uma “Marcha com Deus pela Democracia”, que levou às ruas dezenas de milhares de pessoas, principalmente da classe média, para “pedir a intervenção dos militares”. Tal como ocorre hoje em dia no Egito, no Brasil, na Turquia, através do “Facebook”.

5. Para dar o golpe, eles e os generais revoltosos cometeram vários crimes. Entre eles o principal, de traição de sua pátria, conspirando contra seu próprio governo, dentro da embaixada americana no Rio de Janeiro, planejando o golpe com a ajuda de generais estadunidenses, chefiados por Vernon Walters, que era da CIA.

6. Para perpetrar o golpe, eles contaram com a ajuda do porta-aviões, dos navios e dos bombardeiros da Sétima Frota da Marinha dos Estados Unidos, deslocada do Caribe para dar apoio militar aos generais que traíram seus próprios camaradas de armas, como provam estas gravações entre o presidente estadunidense Lyndon Johnson e seus auxiliares.

7. Caso o golpe não tivesse sucesso, o comando da Sétima Frota recebeu, dos generais brasileiros aliados dos golpistas, as informações precisas sobre onde atacar as tropas que permanecessem leais ao presidente eleito.

8. Por meio de mapas e fotos aéreas, os golpistas apontaram aos militares americanos onde estavam os quartéis dos nossos soldados, nossas baterias anti-aéreas e de artilharia de costa, cometendo assim um autêntico ato de traição à pátria.

9. Eles apontaram ainda, como alvos principais que precisavam ser destruídos para minar a resistência do governo, a Refinaria Duque de Caxias da Petrobrás, a Usina Siderúrgica Nacional e a Fábrica Nacional de Motores, empresas estatais contra cuja criação, seu partido, a UDN, sempre havia se oposto “para não fazer concorrência com as empresas privadas”, a grande maioria estrangeiras.

10. Após consolidado o golpe, eles e os generais que com apoio entusiástico de seus jornais haviam roubado o poder para “defender a Democracia com a Ajuda de Deus”, traíram suas promessas e nunca mais realizaram eleições diretas para presidente, governador e prefeitos das capitais.

11. Eles fecharam o congresso, cassaram mandatos, prenderam prefeitos, vereadores, parlamentares adversários. A alguns como o deputado comunista Gregório Bezerra amarraram na traseira de um Jeep do exército e arrastaram meio morto, algemado, pelas ruas de Recife.

12. Eles implantaram o regime de exceção, que governava por decretos e não por leis, que seus jornais, rádios e TVs aplaudiram e louvaram por 21 anos.

13. A ditadura que eles apoiaram proibiu a existência de partidos políticos, estabeleceu a censura a livros, revistas, músicas, poesias, rádios e jornais que deveria aprovar, antes, qualquer coisa antes de ser publicada. Centenas de jornalistas foram presos, torturados, mortos ou processados naquela época.

14. A ditadura que eles apoiaram fechou milhares de sindicatos em todo o Brasil, cassou mandatos de senadores e deputados adversários, prendeu sem ordem judicial, sequestrou, torturou e matou seus opositores e qualquer pessoa que continuasse defendendo a democracia.

15. Em 1968, devido a manifestações estudantis muito menores do que as atuais, que eles classificavam de “perigoso atentado terrorista”, eles aplaudiram o fechamento do congresso e a cassação do deputado federal Márcio Moreira Alves.

16. Eles interviram no Supremo Tribunal Federal, colocando lá advogados ambiciosos que prestavam serviços às suas empresas, que, agradecidos pela fama e pelos salários, não se importaram nada com as violências contra as instituições democráticas e os direitos individuais.

17. Eles sempre quiseram interferir na memória da juventude, sempre jogaram muito na alienação dos estudantes, na sua cooptação para que se esquecessem do que haviam presenciado. E principalmente no repúdio e no esquecimento dos jovens quanto à nossa música, à nossa cultura.

18. E aqui começa algo que iria se repetir ao longo de mais de quarenta anos: a sucessiva troca de nome dos partidos usados por eles.

19. A coisa funcionava assim: na medida em que o povo, nas eleições, derrotava seus partidos, pois identificava a sua sigla com os que atuaram sempre contra os trabalhadores e a favor dos interesses de empresas e do governo dos Estados Unidos, eles mudavam o nome dos seus partidos.

20. UDN, ARENA, PDS, PFL, DEM, PSDB… Imagino que você já ouviu falar nesses nomes de partidos, é claro. Mas é sempre bom conhecer mais um pouco.

21. Uma vez que a UDN, seu primeiro partido, já tinha ficado conhecida pelo povo como partido que atentou contra a democracia e como partido dos golpistas, aliados das empresas americanas, eles trocaram seu nome e a velha UDN passou a chamar-se ARENA, ou “Aliança Renovadora Nacional”.

22. Através de suas estações de televisão, eles promoveram uma verdadeira lavagem cerebral em massa, ganhando, de uma só vez, centenas de concessões de rádio e TV, em todo o país, formando uma rede de veículos de comunicação.

23. Nos 21 anos que se seguiram, eles ganharam fortunas imensas, medidas em bilhões de dólares, como pagamento da publicidade oficial que faziam dos governos da ditadura, sem qualquer tipo de licitação.

24. Através do emprego de equipamentos de televisão de última geração e do vídeo tape e com recursos quase ilimitados, eles passaram a produzir programas e telenovelas de qualidade muito elevada para a época, que passaram a hipnotizar a classe média.

25. Nas eleições eles sempre apoiaram descaradamente a ARENA, que era a antiga UDN. Faziam isso como hoje em dia, sem nenhuma preocupação em manter um mínimo de imparcialidade. Eles simplesmente ignoravam a existência do único partido de oposição que era permitido, que era o MDB.

26. Nas eleições para vereadores e deputados, as únicas permitidas, os candidatos ou qualquer um que criticasse o governo era simplesmente preso, torturado, e vários simplesmente desapareceram. Muitos foram mortos sob tortura e seus corpos jogados do alto de aviões, sobre o mar.

27. Assim mesmo, a partir de 1974, a máscara começou a cair e a ARENA começou a ser reconhecida como o partido da ditadura, e então, para tentar enganar os eleitores, eles mudaram seu nome, que já tinha sido UDN, agora para PDS ou “Partido Democrático Social”.

28. Em 1978, quando através de greves e manifestações os trabalhadores protestaram contra o arrocho salarial, eles ficaram contra os trabalhadores e a favor da repressão aos operários. Suas emissoras de TV mostravam Lula e os trabalhadores em greve como terroristas, bandidos e arruaceiros, e aplaudiram sua prisão e o fechamento dos sindicatos paulistas.

29. Em 1979, quando Lula propôs a criação de um partido da classe trabalhadora, eles com seus veículos de informação fizeram de tudo para impedir, ridicularizando a iniciativa e dizendo que nunca isso seria possível, já que seus membros seriam ignorantes, incultos e semi-analfabetos.

30. Quando, em 1986, a população saiu às ruas em todo o país para exigir a realização de eleições diretas para presidente e governadores, eles simplesmente não transmitiam nenhuma imagem, nem noticiavam nenhuma manifestação.

31. Sabendo que não iriam poder manter aquela situação por mais tempo, e vendo que haveria eleições diretas, eles trocaram novamente o nome do seu partido, que, de PDS, passou a chamar-se PFL – “Partido da Frente Liberal”.

32. Para auxiliar o PFL, que já nasceu muito “manjado” como partido da ditadura, eles criaram outro partido, chamado PSDB, chefiado por Fernando Henrique Cardoso, sociólogo que também era financiado pela Agência Central de Inteligência, como contou a escritora Francis Stonor Sauders em seu livro “Quem pagou a conta?”

33. Em 1989, eles criaram a figura de Fernando Collor como o Caçador de Marajás, apoiando sua campanha de forma descarada, pois ele mesmo era um membro de sua rede de TVs.

34. Quando Lula enfrentou Collor nas eleições em 1989 e chegou ao segundo turno, eles editaram o debate na TV, retirando partes onde Collor foi mal e retirando os momentos onde Lula foi bem.

35. Nas quatro eleições presidenciais em que Lula concorreu, eles ficaram abertamente a favor de Collor, FHC e Serra.Na última eleição, eles ficaram contra Dilma, com todas as suas televisões apoiando Alckmin, e foram mais uma vez derrotados.

36. O PFL, seu partido, ficou tão desmoralizado que só ganhou as eleições para governador em um único Estado. E de nada adiantou, mais uma vez, eles terem mudado seu nome para Democratas, ou DEM, pois o povo, com a ajuda da internet, começou a seguir seus passos nessa floresta de siglas e nomes de partidos que eles criaram para confundir o povo.

37. Mas eles nunca desistem. Derrotados nas urnas a cada dois anos desde 2002, com seus líderes e seus partidos totalmente desacreditados, eles tentam novamente, sempre contando com apoio decidido da Agência Central de Inteligência e do Governo dos Estados Unidos.

38. O governo americano e suas empresas monopolistas não admitem que o Brasil tenha crescido do 10º para o 6º lugar entre as maiores economias do mundo, nem que sejamos os maiores produtores de vários produtos industriais e agrícolas do mundo. E nem que tenhamos um governo que não obedeça a tudo que eles mandam.

39. Eles e seus patrões americanos não suportam a ideia de que um metalúrgico e uma ex-guerrilheira tenham colocado 1,5 milhão de jovens pobres nas universidades e construído 240 escolas técnicas federais, criando 18 milhões de empregos em dez anos.

40. Eles e seus patrões americanos não suportam a ideia de que apenas esses dois presidentes tenham tirado 28 milhões de pessoas da miséria absoluta com o Bolsa Família e 31 milhões tenham passado da pobreza para a classe média.

41. Mas os tempos são outros. Agora, na era da informática e da internet, em todo o mundo, basta ver os telejornais para perceber que eles não usam apenas tanques de guerra, soldados, nem só jornais, rádios e TVs para derrubar governos.

42. Manejando programas de internet como “Facebook”, desenvolvidos por encomenda do próprio governo dos Estados Unidos, eles tentam, agora, derrubar a Presidenta Dilma.

43. Em vez de usar tanques de guerra e a sétima frota da Marinha Americana, eles agora tentam um golpe de tipo novo, com ajuda de programas que também são encontrados em versões comerciais, que simulam serem autênticos, mas que enviam de um único computador milhares de mensagens por minuto.

44. Percebendo que iriam perder as próximas eleições em 2014, eles pretendem tornar realidade, mais uma vez, seu velho sonho: como seus partidos estão desmoralizados, querem acabar com os outros partidos políticos e implantar a sua ditadura mais uma vez.

45. E, novamente, dar um golpe de estado, novamente com a ajuda da CIA, que criou o Facebook e os sistemas usados como ferramenta de controle e de mobilização de milhares de pessoas “adicionadas”, que recebem mensagens de “seus amigos”, sem saber que podem não ser verdadeiras, como denunciaram Julien Assange e Edward Snowden.

46. No “Facebook”, pessoas identificadas com eles dizem que querem acabar com os partidos políticos.

47. E que querem criar uma “Democracia Direta”, que funcionaria pela internet, através do “Facebook”. Eles querem que Dilma renuncie, que os partidos sejam fechados.

48. Em vez de eleições diretas, votação pela internet. Em vez de Congresso Nacional, votação pela internet. Mas qual a garantia de segurança e autenticidade da votação?

49. Isso “eles” não explicam.

50. O único partido admitido seria o “Partido do Facebook”, como se em qualquer lugar não se pudesse comprar e baixar programas que votam dezenas de vezes em qualquer “pesquisa”, que enviam milhares de mensagens automáticas em nome de milhares de pessoas diferentes.

51. Eles querem que acreditemos que quem não defende o “Feicismo” é antiquado, “careta” e atrasado. Eles querem incentivar inúmeros conflitos no seio do povo, jogando jovens contra “velhos”. Querem jogar evangélicos contra gays. Querem jogar os que são a favor do aborto contra os que são contra o aborto. Eles querem dividir o povo e desviar a atenção das verdadeiras questões.

52. Por exemplo, na questão do transporte coletivo, eles e seus meios de comunicação nem tocaram na questão do excessivo e abusivo lucro e sinais exteriores de riqueza das empresas que dominam, por meio de cartéis fechados, o negócio em cada capital do país.

53. Eles estimulam, através do “Feice” e da televisão, cenas de violência, de preconceito, de intolerância. Enquanto isso tentam manipular e orientar as manifestações de rua através do “Anonymous”, uma empresa privada, com sede em Londres, criada pela CIA para contratar jovens de classe média entusiasmados com computadores e jovens desempregados do terceiro mundo.

54. É preciso reagir a essa tentativa da inteligência militar norte-americana, inglesa e israelense de manipular os movimentos de rua, divulgando informações verdadeiras.

55. Eles devotam um ódio irracional contra Lula por não poderem admitir que um operário tenha, em oito anos, criado mais de 15 milhões de empregos, tirado 28 milhões de pessoas da faixa da miséria e passado 31 milhões de pessoas da pobreza para a classe média.

56. Eles estimulam o preconceito racial, o ódio religioso, o preconceito contra nordestinos e todo tipo de pensamento que seja mesquinho, egoísta, conservador e reacionário.

57. Reparem como eles propagam o ódio ao Brasil e o elogio a tudo que venha dos Estados Unidos ou da Inglaterra. Eles estimulam a que tenhamos vergonha de sermos brasileiros, que não tenhamos em nós qualquer traço de patriotismo, que consideram coisa atrasada. Mas que sempre elogiam e admiram nos americanos.

58. Eles estão agora no Brasil, atacando o Brasil através de agentes brasileiros contra as nossas conquistas, contra a democracia, contra qualquer coisa que seja brasileira, são contra qualquer política social compensatória como o Bolsa Família, que mantém as crianças nas escolas e vacinadas, propiciando mais dignidade a milhões de famílias, principalmente aquelas dirigidas por mulheres.

59. Eles são contra as cotas sociais e raciais nas universidades, que já permitiram que mais de um milhão e meio de jovens pobres e descendentes de vítimas da escravidão tivessem condição de formar-se médicos, engenheiros, advogados, etc.

60. Aproveitando a lavagem cerebral promovida pela TV durante esses 50 últimos anos, bem como a falta de qualquer preocupação do governo e do PT em dar educação política ao povo, em ter qualquer meio de comunicação que não esteja sob o controle do capital americano, inglês ou israelense, eles querem culpar Lula, Dilma e o PT pelo enorme atraso do Brasil. Que, por ironia, são exatamente aqueles que mais fizeram pela diminuição dessas desigualdades.

61. Trabalhando para eles, comandados por eles, vicejam dentro do “Face” inúmeros agrupamentos que usam o “charme da clandestinidade” para atrair os incautos e os mais distanciados da realidade. Será que alguém ainda acredita que um grupo de valentes cidadãos anônimos teria tanto dinheiro e recursos para produzir centenas de vídeos contra o governo brasileiro como o tal “Anonymous”?

62. Alguns grupos são extremamente preparados, controlados de fora do país como o “Anonymous”, formado pela CIA, pelo Mossad e pelo M-16, os serviços secretos de Israel e da Inglaterra.

63. Usando jovens mascarados, são eles que tentam conduzir e direcionar as manifestações, e com a ajuda da TV e de vídeos postados no Youtube, impor a elas suas palavras de ordem e as suas pautas, bem como sugerir seus trajetos, estimular os atos de violência.

64. Será que a essa altura, você já sabe quem são “eles”?

Parabéns!

Se souber, você já passou para o outro nível de nosso Curso Breve de História.

Agora é só aguardar.

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