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sexta-feira, 17 de maio de 2013

SP: Alckmin quer "guilhotina" pros corruptos


CORRUPÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, NA POLÍTICA, NO JUDICIÁRIO...



Surpreendente a manifestação do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, na semana que passou, comedido, como é de seu estilo, mas indignado com a corrupção que assola o País em todas as esferas, inclusive e principalmente no estado de São Paulo, o mais rico da federação.

Ao lado do chefe do Ministério Público e do Corregedor Geral da Administração do Estado de São Paulo, parece que o governador aproveitou para "enviar recados", alfinetando autoridades, inclusive do Judiciário, que não cumprem com suas obrigações funcionais, preferindo fazer vistas grossas diante de denúncias e com isso ajudar a engrossar o caldo da impunidade.




Corrupção
Falta guilhotina no Brasil, afirma Alckmin


De acordo com o governador, se o povo soubesse tudo o que se passa contra ele, não haveria guilhotina para cortar a cabeça de tanta gente



Observado por Márcio Elias Rosa, chefe do Ministério Público em SP, 

o governador tucano diz que, se o povo soubesse da corrupção, 
"ia faltar guilhotina para cortar a cabeça de tanta gente". 
Foto: Governo do Estado de São Paulo

“O povo não sabe de um décimo do que se passa contra ele. Se não, ia faltar guilhotina para a Bastilha para cortar a cabeça de tanta gente que explora esse sofrido povo brasileiro”. A declaração, proferida na quarta-feira, 8, não é de nenhum líder rebelde a conclamar a multidão para a luta, mas sim do quase sempre comedido governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB).

Foi durante o lançamento de um programa para auxiliar prefeituras a disponibilizar informações públicas em seus portais que o tucano manifestou seu lado Robespierre, o líder radical da Revolução Francesa. "O sujeito fica rico, bilionário, com fazenda, indústria, patrimônio e não acontece nada. E o coitado do honesto é execrado. É desolador”, disse, em tom de desabafo, diante de uma plateia que contava com autoridades como o chefe do Ministério Público de São Paulo, Márcio Elias Rosa, e o corregedor-geral da Administração do Estado, Gustavo Ungaro.

Parte da bronca, segundo o jornal Folha de S. Paulo, foi direcionada ao próprio programa lançado no evento. Na avaliação de Alckmin, as fundações do governo estadual que receberam dinheiro para desenvolver o sistema “não deviam cobrar nada” das prefeituras. “Isso é obrigação”, disse.

Ainda de acordo com o governador, há no País uma “grande combinação” que impede o exercício da transparência pública. “Salários, ninguém põe na internet, porque o sindicato pediu liminar.”

Alckmin encerrou o discurso dizendo que a situação é resultado da própria morosidade da Justiça. "A corrupção, o paraíso é o Judiciário. Todo mundo diz: 'na hora que for para Justiça vai resolver'. Vai levar 20 anos."

As declarações ficaram de fora da nota publicada sobre o evento no portal oficial do governo do estado. O site se limitou a noticiar que, até o momento, 357 municípios paulistas demonstraram interesse pelo sistema.

CartaCapital
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