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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Apagão Jornalístico: a velha mídia em estado terminal


O que eles produzem não é jornalismo. Faltam verdade, fidedignidade, objetividade. E sobra leviandade. Eles só se sustentam graças ao aparato corporativo. E aos interesses inconfessáveis a que servem.

O que promovem é desinformação. Ativismo político, como disse alguém. 

O governo da presidenta Dilma precisa se dar conta de que Mídia é Quarto Poder. Não dá pra brincar com isso. Eles são profissionais e estão jogando pesado no tumulto, na desestabilização. Estão em estado terminal, acreditamos. Mas ainda podem fazer muitos estragos.

A mídia digital, emancipadora, planetária, feita por todos nós, aos poucos irá ocupando espaços. Caminho sem volta.

Comunicação Cidadã.


                                        O Apagão Jornalístico da Cantanhede e colegas.


O desafio da comunicação pública

Luis Nassif

Coluna Econômica

Em qualquer grande organização privada, a comunicação pública é peça central. Não apenas para combater momentos de crise como para orientar públicos interno e externo, consumidores, funcionários e acionistas sobre objetivos, filosofia da empresa, estratégias etc.

Por isso mesmo, é impressionante o desaparelhamento do setor público brasileiro, em todos os níveis, em relação a esse tema, ainda mais nesses tempos de Internet, redes sociais e notícias online.

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Há duas características fatais no jornalismo:

1. A tendência histórica de escandalização de cada tema. Mesmo quando as informações são verdadeiras, basta forçar um enfoque - especialmente nos temas mais técnicos - para desvirtuar totalmente seu sentido.

2. Com as redes sociais, há o fenômeno da expansão viral das notícias, que tende a crescer exponencialmente.

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Por tudo isso, o monitoramento diuturno das redes sociais - e a pronta resposta às notícias ali disseminadas - faz parte da estratégia de toda grande organização.

O caso Speedy-Telefonica foi um divisor de águas. As reclamações começaram nas redes sociais, ganharam o Twitter e criaram uma avalanche, antes de chegar aos jornais, pegando a empresa no contrapé.

Hoje em dia, toda grande empresa tem uma assessoria monitorando tudo o que sai sobre ela na rede, classificando as notícias como positivas, negativas ou neutras, gerando gráficos em tempo real para identificar as negativas e atuando decididamente sobre notas potencialmente críticas.

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Tenho dois exemplos:

1. Meses atrás soltei um Twitter reclamando da lentidão de minha linha de banda larga. Imediatamente fui contatado por um representante da empresa querendo saber o que estava acontecendo e dispondo-se a corrigir o problema.

2. No meu Blog há uma nota antiga sobre as dificuldades de se romper o contrato com determinada companhia de TV por assinatura. A cada três dias alguém tenta colocar um comentário novo em uma nota antiga. Certamente faz parte da estratégia da empresa concorrente.

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E o que não dizer das organizações públicas, mais amplas, complexas e desorganizadas do que qualquer organização privada?

Tomem-se episódios recentes.

Uma matéria da Folha sustentando que houve uma convocação extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, tendo em vista o risco de apagão. Uma comunicação profissional logo de manhã soltaria uma nota para todos os sites e blogs noticiosos explicando que a reunião estava marcada há meses. Mataria o boato no nascedouro. Permitiu-se prosperar durante todo o dia.

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Hoje em dia, o jogo não comporta mais amadorismo e passa pelas seguintes etapas:

1. Em organizações complexas (como as públicas) há a necessidade de assessorias descentralizadas mas obedecendo a uma orientação única.

2. Cabe à coordenação central utilizar ferramentas para monitoramento contínuo das notícias, identificação dos pontos críticos, montagem de estratégias de comunicação para temas mais polêmicos.

3. Há que se ter treinamento, padronização de respostas, compromisso com a objetividade e a veracidade dos dados, indicadores de eficácia.

Nesses períodos de transformação profunda, a comunicação é essencial. E não dá mais para se limitar a marcar audiência com a respectiva autoridade.


Luis Nassif Online

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Blogueira Paulistana: mais vigiada que a Blogueira Cubana


Como muitos de vocês sabem, Yoani Sánchez, a mundialmente famosa blogueira cubana, crítica do regime implantado em Cuba por Fidel Castro, mantém um blog onde relata sua vida e dia a dia em Havana. Yoani já foi detida algumas vezes, dizem que recebe dinheiro dos EUA para escrever contra os irmãos Castro, mas não consta que tenha sua vida particular devassada por câmeras. Yoani, que vive num país comunista e se coloca claramente como inimiga do regime, não é vítima de violação de privacidade como esta blogueira paulistana que vos escreve aqui.

Há mais de um ano, venho sendo monitorada 24 horas por dia por câmeras instaladas na casa ao lado. Minhas movimentações, entradas e saídas de casa, a pé e de carro, visitas que eventualmente receba... tudo é bisbilhotado e controlado pelas câmeras instaladas na casa ao lado, no alto, ilícito denunciado e até o momento ignorado.

Por que existe tanto interesse em vigiar minha vida? Por que existe interesse em saber se estou em casa, se saí, quando saí, com que roupa fui, se voltei, quem me visita... Com que direito bisbilhotam minha vida? 

Diante da inércia das autoridades devidamente informadas deste e de outros ilícitos, não me restou alternativa a não ser expor publicamente tais fatos e as violências que venho sofrendo.

A Constituição da República protege a PRIVACIDADE das pessoas. 

VIOLAÇÃO DE PRIVACIDADE é VIOLÊNCIA, DELITO, sancionado por lei.

Agora, vejam algumas imagens das câmeras que vigiam a Blogueira Paulistana. 

E antes que me esqueça: VIVA CUBA !!!





Câmera instalada na coluna amarela (garagem da casa vizinha), 
cobrindo toda a frente e jardim da casa da blogueira (12 metros). 
Foto feita da garagem da casa da blogueira. 


Câmera instalada na entrada da casa vizinha, 
cobrindo o jardim e o portão de entrada da casa da blogueira.


Câmera nos fundos da casa vizinha, cobrindo o quintal 
da casa da blogueira e sua saída pela garagem.


A mesma câmera anterior, vista de outro ângulo. Observem a
posição dela, claramente direcionada para o quintal da blogueira.


Além da câmera da esquerda, há outra, na viga de sustentação 
do telhado de área de serviço da casa vizinha. Ambas
direcionadas à casa da blogueira.

Câmera instalada no alto e nos fundos da casa vizinha, 
cobrindo todo o quintal e os acessos da casa 
da blogueira ao quintal e garagem.


Observem o direcionamento das duas câmeras: claramente 
voltadas para a casa e o quintal da blogueira.



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