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sábado, 3 de novembro de 2012

Lula: o maior corrupto e assassino da História


De novo a movimentação orquestrada da mídia golpista. Desta vez, depois da acachapante derrota eleitoral de seus candidatos (Serra, principalmente), a investida vem contra o ex-presidente Lula, caçado como praticamente o maior corrupto e assassino de todos os tempos.

A cabeça do estadista global, que deixou o governo com 80% de aprovação, continua sendo o sonho de consumo das elites podres, mesquinhas e ignorantes, que ainda não perceberam algo muito singelo: o Brasil mudou com Lula, milhões passaram a almoçar e jantar. E a comprar carro novo, andar de avião, frequentar universidade com bolsa do Prouni...





MORTE A LULA É GUERRA SEM FIM, DIZ KOTSCHO

Ex-porta-voz do presidente Lula reage às manchetes de Veja, Folha, 
Globo e Estado deste fim de semana, que conectam Lula não apenas 
ao mensalão, mas também à morte de Celso Daniel; "quanto mais 
perdem, mais furiosos ficam", diz o jornalista; nesse vale-tudo, 
donos dos meios de comunicação, se pudessem escolher, trocariam 
a prisão de Marcos Valério, o "mequetrefe", pela de Lula, o suposto 
chefe de todo o esquema

247 - O movimento parece organizado e está nas manchetes dos principais jornais do País. Veja conecta Lula à morte de Celso Daniel. O Estado de S. Paulo complementa a notícia. E a Folha, ancorada apenas numa frase esparsa do ministro Marco Aurélio Mello, aponta que o Supremo Tribunal Federal está propenso a conceder a proteção demandada pelo operador do mensalão.

Se aos donos dos veículos fosse possível escolher, eles não hesitariam: Lula preso, Valério solto. Diante da marcha acelerada do golpe paraguaio contra Lula, apontado aqui no 247 há várias semanas, o ex-porta-voz de Lula, Ricardo Kotscho, decidiu reagir. E disse que Lula será alvo de uma guerra sem fim movida pelos principais meios de comunicação do País. "Quanto mais perdem, mais furiosos ficam". Leia seu artigo:


O alvo agora é Lula na guerra sem fim

Ricardo Kotscho

Pouco antes do segundo turno das eleições presidenciais de 2006, o sujeito viu a manchete do jornal na banca e não se conformou.

"Esse aí, só matando!", disse ao dono da banca, apontando o resultado da última pesquisa Datafolha que apontava a reeleição de Lula.

Passados seis anos desta cena, nos Jardins, tradicional reduto tucano na capital paulista, o ódio de uma parcela da sociedade - cada vez menor, é verdade - contra Lula e tudo o que ele representa só fez aumentar.

Nem se trata mais de questão ideológica ou de simples preconceito de classe. Ao perder o poder em 2002, e não conseguir mais resgatá-lo nas sucessivas eleições seguintes, os antigos donos da opinião pública e dos destinos do país parecem já não acreditar mais na redenção pelas urnas.

Montados nos canhões do Instituto Millenium, os artilheiros do esquadrão Globo-Veja-Estadão miraram no julgamento do chamado mensalão, na esperança de "acabar com esta raça", como queria, já em 2005, o grande estadista nativo Jorge Bornhausen, que sumiu de cena, mas deixou alguns seguidores fanáticos para consumar a vingança.

A batalha final se daria no domingo passado, como consequência da "blitzkrieg" desfechada nos últimos três meses, que levou à condenação pelo STF de José Dirceu e José Genoíno, duas lideranças históricas do PT.

Faltou combinar com os eleitores e o resultado acabou sendo o oposto do planejado: o PT de Lula e seus aliados saíram das urnas como os grandes vencedores em mais de 80% dos municípios brasileiros. E as oposições continuaram definhando.

Ato contínuo, os derrotados de domingo passado esqueceram-se de Dirceu e Genoíno, e mudaram o alvo diretamente para Lula, o inimigo principal a ser abatido, como queriam aquele personagem da banca de jornal e o antigo líder dos demo-tucanos.

Não passa um dia sem que qualquer declaração de qualquer cidadão contra Lula vá para a capa de jornal ou de revista, na tentativa de desconstruir o legado deixado por seu governo, ao final aprovado por mais de 80% da população - o mesmo contingente de eleitores que votou agora nos candidatos dos partidos por ele apoiados.

Enganei-me ao prever que teríamos alguns dias de trégua neste feriadão. Esta é uma guerra sem fim. Quanto mais perdem, mais furiosos ficam, inconformados com a realidade que não se dobra mais aos seus canhões midiáticos movidos a intolerância e manipulação dos fatos.

O país em que eles mandavam não existe mais.

Brasil 247

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