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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

"Lanchinhos" para um Judiciário Nababesco: rir pra não chorar...



O Fim dos Tempos. O fundo do poço. De fazer inveja à decadência da Roma Imperial.


Aos que criticam o Bolsa-Família e outros programas sociais do governo, o descalabro escancarado, a iniquidade desavergonhada, indecorosa, no apodrecido e carcomido Judiciário, desta vez na casta mineira. Toneladas de guloseimas de primeira qualidade para empanturrar a pança dos marajás judiciários da capital das Alterosas... guloseimas finíssimas, compradas, claro, com dinheiro dos cofres públicos.




Como sempre dizemos aqui, todo apoio à combativa, destemida, ousada e indignada cidadã-ministra-corregedora Eliana Calmon, que mal se recuperou do embate ferrenho contra os "bandidos de toga" no Supremo Tribunal Federal, e já tem que encarar a moralização desta esbórnia nababesca.


Bom, com este Judiciário indigente que temos, pelo menos nunca faltará assunto para o Abra a Boca, Cidadão!


Primavera Judiciária e Vergonha na Cara já!!!


TJ mineiro dá lanche "de primeira" para juízes

Corte usa R$ 600 mil em iguarias como bacalhau "do Porto", mas só para magistrados da capital



Marcelo Portela



BELO HORIZONTE - Apesar de já receberem auxílio-alimentação, os magistrados de Belo Horizonte vão ganhar lanches custeados com verba pública. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) acaba de concluir licitação para gastar R$ 602,2 mil com mais de 120 toneladas de alimentos. E não é qualquer tipo de lanche. Entre os itens que serão adquiridos estão 100 quilos de filé de bacalhau "do tipo Porto", 4 toneladas de peito de frango "sem osso", dezenas de toneladas de frutas, 3,5 toneladas de queijos variados, 108 kg de azeitonas "sem caroço" e 850 kg de peito de peru "de 1.ª qualidade", entre outros.

A especificação "de 1.ª qualidade" se repete em outros produtos listados pelo edital, como os 150 kg de manteiga e as 2 toneladas de presunto e queijo minas. Em outras guloseimas, o edital especifica o fabricante dos produtos que serão consumidos pelos magistrados, como as 5 toneladas de pão de queijo, os mais de 11 mil pacotes de biscoito e mais de 10 mil litros de leite, todos das marcas mais caras encontradas nos supermercados.

Em Minas, segundo o portal da transparência do TJ, o menor salário da magistratura é de R$ 20.677,83 para juiz de direito substituto - um desembargador recebe R$ 24.117,62. Desde o início do ano, os magistrados também recebem o auxílio-alimentação mensal pago aos demais servidores do Judiciário (R$ 378).

Ao contrário dos demais servidores, porém, boa parte dos magistrados tem agenda oficial apenas na parte da tarde, horário em que ocorrem quase todas as sessões das câmaras do TJ e a maioria dos julgamentos nas varas do Fórum Lafayette. As exceções são os juizados especiais e algumas varas, como as de família, que realizam audiências pela manhã. A assessoria do TJ afirmou que, "de vez em quando", os desembargadores participam de sessões antes do horário de almoço.

Ao justificar a licitação, o TJ afirma que o gasto será destinado à "confecção de lanches para desembargadores, juízes, tribunais do júri e eventos institucionais". Mas, no caso dos tribunais do júri, um jurado que atuou em conselhos de sentença em 2010 e 2011 afirmou que os lanches "normalmente se restringiam a pastéis ou mistos-quentes acompanhados de refrigerantes e sucos. "Filé de bacalhau nunca vi" [!!!], ironizou. Os 906 juízes de primeira instância que atuam no interior do Estado tampouco vão ter direito aos lanches recém-contratados.

Investigação. Na quinta-feira, 16, o Sindicato dos Oficiais de Justiça Avaliadores do Estado de Minas Gerais informou que vai pedir uma investigação sobre o caso. O motivo é o fato de a mesma empresa, o Sacolão Mata Ltda., ter ganhado todos os seis lotes da licitação. Registrada na Junta Comercial com capital de R$ 5 mil, a empresa foi a mesma que forneceu alimentos para o TJ pelo menos em 2010 e 2011. Os empenhos somaram R$ 1 milhão - foram efetivamente pagos R$ 611 mil.

Procurada pelo Estado, a presidência do TJ não quis se manifestar sobre a licitação.



Estadão Online


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