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sábado, 12 de março de 2011

O que aconteceu ao Pinpoo?

Alguns leitores poderão achar descabido este post, já que o ABC! deveria estar tratando de Direitos Humanos, Cidadania, Mídia e Poder.

Acontece que esta blogueira ama os animais e não consegue ficar indiferente a este fato, noticiado pelos portais do Estadão e Globo (G1), principalmente.

Quem lê meu perfil aqui no blog vê que um dos meus interesses é "ativismo amplo".  Já me envolvi e apoiei muitas causas, inclusive no âmbito do direito e proteção animal.

Vocês sabiam que existe uma Declaração Universal dos Direitos dos Animais? E que há legislação brasileira em vários níveis para coibir ilícitos envolvendo animais? E que maus-tratos a animais, mesmo domésticos, é CRIME?

Como cidadã é direito meu acionar o ordenamento jurídico vigente para proteger os mais frágeis. Sejam eles pessoas ou animais.

Como cidadã, já exerci esse direito várias vezes. Denunciando inclusive sobrinha, maior, de nível universitário, que maltratava cães indefesos, alguns chegando inclusive a óbito. Triste pessoa foi denunciada na UIPA, União Internacional Protetora dos Animais, por maus-tratos a um cocker. Anos depois a mesma moça foi denunciada na Delegacia de Crimes Ambientais por maus-tratos a um cão velho, fraco e extremamente dócil, um boxer.

E há cerca de dois anos atrás, meu cãozinho Leonardo foi assassinado dentro de clínica veterinária de primeira linha, denunciada na Delegacia citada e no Conselho Regional de Médicos Veterinários do Estado de São Paulo.

Quanto ao cãozinho Pinpoo... Ele desapareceu no último dia 2, em trânsito, quando viajava de Porto Alegre a Vitória, em voo de empresa do grupo Gol. A dona do Pinpoo, dona Nair Flores, de 64 anos, ia para Guarapari pela empresa Azul, que não transporta animais com o peso do Pinpoo. O cãozinho teve que ser embarcado em voo de outra companhia, a Gollog, serviço de cargas da Gol.

Dona Nair pagou R$ 684,00 pelo transporte e o cãozinho não chegou ao destino. E pior: sumiu. Várias buscas têm sido feitas no aeroporto Salgado Filho e vizinhanças, inclusive por dona Nair, desesperada e desesperançada.

A empresa, que declarou que o cão fugiu antes do embarque, obviamente é responsável e deverá arcar com indenização à dona do animal, caso ele não seja encontrado. Mas é um episódio triste, que envolve a afeição de uma senhora de idade por um animalzinho de estimação submetido a uma situação de estresse e desamparo.

Num país que não respeita sequer os direitos básicos de cidadania, os direitos dos animais são muitas vezes considerados "perfumaria", coisa de gente louca e desocupada.

Reproduzo abaixo notícia a respeito e encaminharei email à companhia aérea pedindo informações e protestando pelo ocorrido.



Dona procura cão que deveria ter embarcado em voo para o ES

'Somos muito apegados, ele dormia na cama comigo', diz aposentada. Gol informou que apura o caso.

Vanessa Fajardo Do G1, em São Paulo

pinpoo (Foto: Arquivo Pessoal)
'Pinpoo' é a mistura de pincher com poodle
e fará 11 meses neste mês (Foto: Arquivo Pessoal)

O cachorro 'Pinpoo' deveria ter viajado de Porto Alegre (RS) para o Espírito Santo no dia 2 de março em voo da Gol, mas nunca chegou. A dona do cão, a aposentada Nair Flores, de 64 anos, seguia para o mesmo destino em outra companhia aérea que só recebe animais com menos peso. Soube que o cão não chegaria, quando parou em uma conexão em Minas Gerais, e foi avisada por telefone que 'Pinpoo' teria fugido antes do embarque.

O retorno da visita na casa da filha em Guarapari (ES) que duraria até 15 de março, foi antecipado para o dia 8. "Nem vi o mar, voltei antes porque queria procurar o 'Pinpoo'. Estava tão nervosa que passei mal durante o voo", disse Nair.

Desde então, a busca no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, não para. "Somos muito apegados, ele dormia na cama comigo. Já procurei pelas matas do aeroporto gritando o nome dele. Se tivesse me ouvido, teria vindo correndo", afirmou. Nair até espalhou peças de roupas dela pelas árvores para tentar atrair o cão pelo cheiro, mas não teve sucesso.

'Pinpoo' mescla as raças pincher e poodle, por isso tem este nome, e fará 11 meses neste mês. O animal foi doado a Nair pela filha, para substituir o cão que ela perdeu em janeiro.

A aposentada pagou R$ 684 mais a caixa pelo serviço de transporte do cão. Não pediu o reembolso. Porém, registrou boletim de ocorrência e pretende acionar a Justiça, caso não encontre o bicho.

Para Nair, a sensação é de um filho sequestrado. "Não acredito que ele esteja no aeroporto. Ou morreu ou foi roubado. Ele é bem amistoso, gosta de colo. É um cão caseiro, não sabe viver sozinho. Alguém pode ter levado."

A Gol informou que está apurando o caso e tem prestado apoio à cliente.

Portal G1